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Teorias sobre o amor

Sabem todas aquelas teorias quando se começa um relacionamento? Aquelas que dizem indiretamente pra quem já não faz parte de sua vida “espero que você também encontre um amor sincero e verdadeiro”, ou então : “esse foi o eu te amo mais sincero da minha vida”, ou ainda, a melhor de todas “tenho certeza que nossa história é de outras vidas, somos uma alma só...”. Tudo balela.

O amor não é algo que acontece do dia pra noite. Ele nasce, cresce, se reproduz e se, se deixar ele morre. E a morte é rápida. Muito rápida, dependendo da circunstância. Ou pode ser lenta. Muito lenta como uma doença que come suas células.

Não enxergo amor à primeira vista. Acredito em atração ao primeiro contato visual. Desejo ao primeiro contato físico e encantamento ao primeiro encontro verbal. Aí foi plantada a sementinha. E como uma mãe que leva 9 meses pra se apaixonar e morrer de amor pela sua cria, o amor leva tempo pra ser construído. Pra amadurecer a ideia, ser aceito e então começar um ciclo de vida.

Quando era mais nova eu dizia a todos : “Eu não me apaixono. Eu amo...” . E isso se referia a todas as coisas da minha vida. Não só a namorados. Grande tolice de uma adolescente impulsiva. Ainda sou impulsiva e, as vezes, também me pergunto o que vou ser quando crescer. Mas a questão é que amadureci. E dessa forma meus sentimentos também amadureceram.

Hoje posso dizer que amo. E não da boca pra fora. E não imaturamente. Amo e cultivo o amor pra que ele permaneça em minha vida. Alimentando-o cada dia um pouco para que outros fatores não deixem meus amores adoecerem ou morrerem.

Mas também me apaixono um milhão de vez por dia. Me apaixono por coisas bobas. Que ou ficam e se tornam amores, como escrever , por exemplo, ou vão embora sem fazer falta. As que vão embora, fazem parte das teorias de inicio de relacionamento e as que ficam aumentam a cada dia.

O amor pode nunca ter um fim. Ele nos acompanha pra sempre e a gente só sabe que ele é amor de verdade quando, apesar de tudo, ele sobrevive. Atravessa a carne. Chega aos céus e volta a Terra em questão de segundos. E mesmo com desilusões, separações, dificuldades, pedras no caminho e montanhas enormes pra escalar, ele sobrevive. E sobrevivendo se torna mais forte. Mais impetuoso e mais tranquilo também.

Então, por favor, não me venha com balelas de inicio de relacionamento. Me poupe e poupe aos outros de acompanhar seu fracasso. E dá próxima vez que falar de amor tenha certeza. Aprenda a usar o verbo amar. E faça seu uso consciente. Por que hoje virou fácil demais dizer “eu te amo”, mas sentir são outros quinhentos.

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