Eu te enxergo,
disse dando dois passos pra trás.
As mãos soltas no vento,
agarram o nada dos sonhos desmanchados.
Por que você não fala comigo?, penso, mas não pronuncio.
A pergunta feita tantas vezes se dissolve no silêncio.
Ainda quero que me segure.
Suplico que me fale, imploro que me ame,
desisto.
Amor é construção, repito.
Trabalho em dupla.
Não da pra só colocar o nome.
Afasto.
Não é mágoa, essa distância.
Amor próprio que chama.
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