Não sei bem como tudo começou. Só sei que foi assim. Num belo dia de sol, em que as nuvens insistem em bloquear o seu brilho, e a chuva faz questão de deixar as calçadas escorregadias, tudo parecia nada e o possível era impossível.
Diante de tantas disformidades e reticências, ali, do outro lado da rua, parado, andando de um lado para o outro, estavam todos tentando entender e compreender o incompreensível significado do amor dentro do complexo mundo dos sentimentos.
Passavam horas pensando, dialogando, confabulando sobre como conceituar o que na prática ninguém sabe teorizar. E de tanto pensarem perceberam, em um segundo, que não existia possibilidade de possibilitar tal conceito que na pratica se pratica de formas diferentes e diversas únicas e ilimitadas.
E foi assim, que de uma forma sem nexo, sem sentido e totalmente organizada e sentimental, que o amor tomou forma. Uma forma deforme, complexa e simples, lógica e irracional. Inexplicavelmente explicável. Racionalmente ilógica. Como somente os portadores dessa síndrome são. E, por favor, não ascenda a luz ao sair. É na penumbra da visão que o coração enxerga melhor.
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