Eu sou uma dessas pessoas que hoje são chamadas de emocionadas. Ao menor sinal de emoção, choro. Verto água pelos olhos, sinto a dor nunca vivida, mas ouvida na escuta atenta de alguém que aprofunda sempre o sentimento.
E, por favor, não peçam para que eu pare de chorar. Não peçam para que eu me contenha porque dos meus olhos vertem as lágrimas mais sinceras. Um rio que desagua no mar da empatia absorvendo a dor que o mundo causa.
Jamais me peçam para não me emocionar. Eu preciso disso. É combustível. Remédio. Alimenta o fogo da indignação e acalma a alma dilacerada.
Eu necessito transbordar, desabar, aliviar. Depois me recomponho até a próxima melodia sofrida.
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