Não tem cores no dia, nem na alma vazia.
Tem dor se transformando em raiva, solidão em resiliência, amor em auto estima.
Tem travas, amarras, chicotes. Tem tempo.
Na rua a primavera canta.
No íntimo, o inverno congela.
Outra tempestade se aproxima.
Raios, trovões, granizo, vento. Muito vento.
Saudade de tomar banho de chuva, lavar a alma, limpar a má água parada dentro de mim, enquanto espero o próximo dia de sol na alma.
Não tem rima, nem acorde. Não tem alegria, nem vida. Não grita, grita ele enquanto me culpa por mais uma das suas nóias.
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