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A carteira

Fazia horas que Pedro convidava Juliana pra sair de novo. Haviam ficado algumas vezes em festas, mas tinha alguma coisa que Juliana não gostava nele. E ela sempre cheia de coisas para fazer sempre dava desculpas esfarrapadas. Ela até achava ele bonitinho. Tinha um corpo bonito, fazia tipo, chamava a atenção. Só que não tinha assunto, parecia meio burrinho.

Enfim naquele dia estava meio carente, deprimida e sem mais nada para fazer, e acabou topando sair com Pedro. A coisa já começou mal, por que ele morava muito longe e pediu carona a ela de ida e de volta. Juliana ficou sem jeito de dizer não e foi busca-lo.

O papo no caminho foi uma total decepção. Ele era muito ingênuo e sem ambição alguma,. Não fazia faculdade, não pretendia fazer. Trabalhava em uma farmácia pretendia seguir lá o resto da vida. Seu sonho era virar gerente. Ela, ao contrário, estudava direito. Trabalhava em um escritório de advogacia, pretendia fazer mestrado fora do país e seu sonho era ter uma rede escritórios, um em cada capital do Brasil.

Foram para uma festa. Beberam alguns drinks. Dançaram bastante. Ele até se tornou mais interessante na . Afinal, não precisavam conversar. Só dançar, beber e namorar. Juliana pensava que já que ia aguenta-lo a noite toda, pelo menos iria tirar umas casquinhas.

A festa acabou. No caminho de volta ela ligou o rádio bem alto e foi cantando. Assim evitava a conversa e ele não perdia o encanto. Chegando na casa dele, ela pediu para entrar. Precisava usar o banheiro com urgência. A bexiga estava dolorida e não tinha outra alternativa.

Entraram na casa. Ela foi ao banheiro e quando saiu ele estava só de cuecas. Pegou ela de jeito e sem jeito ela não teve como escapar. As coisas foram esquentando e até que ele estava melhorando nos conceitos da moça quando... acabou. Exatamente. Acabou. Ele acabou. Para ela a coisa nem tinha começado. Mas o brinquedo de Pedro era tão minimo e sem agilidade que ela não sentiu nada.

Voltando para sua casa, depois de tantas frustrações, Juliana encontrou dentro do seu carro a carteira de Pedro. No outro dia cedo, Pedro ligou para saber se a carteira estava com Juliana. Ele estava trabalhando o dia inteiro de plantão. Não havia outra saída senão Juliana levar a carteira para ele. Chamou uma amiga para ir junto. Não queria ficar por lá.

Já no caminho resolveram ligar para Pedro para descobrir qual era a farmácia que ele trabalhava e como chegariam lá. Foi ai que viram a indiada que estavam fazendo. A farmácia era no fim do mundo, elas se perderam. Juliana uivava de tanta raiva, tinha vontade de enfiar aquela carteira goela abaixo de Pedro.

Ao fim e ao cabo cumpriram a missão de entregar a carteira, mas o ódio das duas se transformou em boas risadas e deboches sobre Pedro: burrinho, pobrinho, brinquedo pequenininho e nem sabe usar! Ninguém merece!

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