Eu confiei em ti. Acreditei. Te entreguei meus segredos mais obscuros. Abri as portas da minha casa. Do coração. Te acolhi no teu momento dificil. Entreguei a ti as chaves da porta. Fui leal. Fiel. Tua amiga. Não pedi nada em troca. Não seria eu. Apenas ofereci. E como que oferece pensei somente no teu bem querer.
Achei que era reciproco. Achei que era verdadeiro. Me enganei. Não quis enxergar. Fechei os olhos para não ver o que estava latente. Não pude imaginar que me apunhalarias pelas costas e ainda assim usufruiria da minha boa vontade.
Te dei razão. Tentei me colocar no teu lugar. E mesmo quando já estavas traindo minha confiança dei a cara a tapa mais uma vez. Ainda assim acreditei, ou pelo menos quis acreditar que era passageiro.
Mas como um animal me sinto ameaçado, acuado e com medo de teus desatinos e destemperos. Da minha confiança e ingenuidade restou a humilhação. E mais uma vez a lição aprendida de que nem todos são merecedores de nossa confiança.
Assim sem olhar a quem eu estendi minha mão para ti. E dessa mesma forma, sem olhar a quem, me destruístes. Virar a página será fácil. Dar a volta por cima, engrenar de novo e curar as cicatrizes. O difícil será esquecer que um dia dei a você o meu mais precioso bem: a amizade.
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