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Teoria das comparações

  • Foto do escritor: Lu Aranha
    Lu Aranha
  • 12 de jun. de 2019
  • 3 min de leitura

Comparar é muito feio mas é inevitável. Isso é fato. Comparar o ex com o atual. O trabalho novo com o antigo. O salário das pessoas. Comparar o potencial das coisas, pessoas e animais. A inteligência. Os filhos. As pessoas. Os ambientes. Por mais feio que seja a gente sempre acaba comparando. As vezes guardamos nossas comparações e conclusões apenas para nós mesmo. Afinal comparar é um ato arrogante, mesquinho e comprova que não temos sensibilidade emocional para entender que cada um e cada coisa tem seu jeito. 

Outras vezes resolvemos por a boca no trombone e divulgar para o mundo inteiro nossa comparação e ouvir as críticas de cada um pelo nosso ato demoníaco de realizar uma ação sem a menor utilidade e que só traz mal estar as pessoas. Fala sério. Você nunca comparou nada nem ninguém? Sabia que a resposta seria essa portanto, não se sinta mal, apenas aceite que a comparação é inevitável e faz parte da natureza humana.

Eu ando num momento, que embora resista a fazer comparações, elas são inevitáveis. Começando de novo numa faculdade novamente, fica impossível não realizar essa ação. Colegas, professores, turmas, laboratórios, estacionamentos e até o cafezinho passam pelos meus mais doentios pensamentos de comparação. E sabe que cheguei a algumas conclusões e teorizações interessantes sobre meus objetos de estudo. Sim. Após alguns anos praticando a arte de comparar clandestinamente e tão alucinadamente como um vício resolvi teoriza-la.

Quanto mais comparamos mais perto do significado de igualdade eu chego. Se comparar é inevitável, achar semelhanças e coincidências nos objetos de estudo é quase como dizer que um mais um é dois. Isso é fato e posso comprovar cientificamente. Quem sabe meu estudo não entre para a história e as próximas gerações falem da teoria da comparação assim como hoje falam da teoria da informação ou da teoria da relatividade.

Quando comparamos o ex e o atual namorado. Sempre percebemos que eles tem algo em comum. Não? Claro que sim. Eles sempre gostam de futebol, não entendem quando queremos algo, não sabem discutir o relacionamento e nunca atendem nossas necessidades de carinho e atenção. Da mesma forma os representantes do sexo masculino podem reclamar que todas são enroladas, não falam diretamente o que querem e que tem crises de bipolaridade.

Meu mais recente objeto de comparação são as turmas de faculdades. Sim, porque não? Convivo com 4 turmas diferentes em uma mesma faculdade. Fora as outras turmas que já passei e que já passaram por mim. Em todas as turmas sempre tem aquele que sabe tudo e que quando começa a falar não para mais. Sempre tem aquela menina linda. Sempre tem o pessoal cuca fresca. Os esquentadinhos. As que não calam a boca um minuto falando coisas que não tem nada haver com as que estão sendo ditas na aula. Os meninos apaixonados pelo futebol. As gurias apaixonadas pelo BBB. Sempre tem o cara aquele que é amigo de todo mundo. Inevitável não comparar. Inevitável não marcar essas figuras para sempre na nossa mente. Inevitável não viver intensamente cada momento compartilhado.

E sabe o que é mais bacana? É comparar e tirar o melhor que cada experiência pode dar. É comparar e poder dizer que ambos os objetos de estudo são muito interessantes e podem ser muito bem utilizados. É comparar e sentir saudades daquilo que é passado e ter a sabedoria de aproveitar bem o que é presente. É comparar sem maldade e sem preconceitos. É comparar só por esporte. Só para ter a certeza de que as coisas seriam muito ruins se não houvessem histórias para se comparar...

 
 
 

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