Sempre fui curiosa. De uns tempos pra cá ando mais do que o normal. Talvez porque me sinto meio excluída da vida dos amigos já que meu contato é somente virtual. Ou pode ser por não ter muitas ocupações. Quem sabe até pelo tédio. Afinal em São Borja não acontece muita coisa. Mas enfim...
Outro dia estava pensando se curiosidade realmente pode matar. Ando me consumindo pra saber uma fofoca. Que obviamente não posso perguntar direto pra pessoa e meus informantes não descobriram ainda. Já fucei orkuts, puxei assuntos, perguntei pra vários conhecidos e ninguém sabe me contar.
Tô assim. Curiosa pra caramba. Preciso descobrir e confesso que só tenho pensado nessa fofoca. Por favor, não pensem que sou fofoqueira. Não sou. Apenas gosto de estar bem informada sobre as coisas do mundo. Principalmente sobre o mundo das pessoas que gosto. Das que não gosto também, claro. Afinal tem um ditado que diz: “ Mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda”.
Se bem que a questão aqui não é sobre alguém que eu não gosto. Muito pelo contrário é sobre alguém que gosto muito. Mas não posso perguntar. Então, enquanto meus outros amigos não me contam, eu fico aqui, morrendo de curiosidade.
Exatamente por isso, fiquei pensando: “afinal como se morre de curiosidade?”. Lentamente talvez. Porque afinal ela vai aumentando a cada dia que não se consegue descobrir o que se quer. Porém, ela pode ser rápida. De tanto que ela cresce uma hora explode e você vai pros ares junto. Fui pesquisar no Dr. Google quais seriam os sintomas da síndrome da curiosidade que pode levar a morte. Não achei resultado nenhum. Concluí então que não vou morrer, de fato, por tanta curiosidade e que posso continuar obcecada pela tal fofoca.
Só que nessa minha consulta descobri um site. Um site de um livro. O site do livro “Guia dos Curiosos”. Nunca tive em minhas mãos um desses. Só ouvi muitas pessoas comentando e algumas críticas positivas. Resolvi bisbilhotar então. Por pura curiosidade mesmo e fui no assunto preferido de toda a humanidade e do qual nunca sei nada: celebridades.
Não descobri nada de muito interessante. Fala lá da vida de um monte de gente. Umas até eu conheço de nome. Outras não tenho a menor ideia de quem sejam. Cheguei então a mais uma conclusão: Prefiro saber mesmo da vida dos meus amigos. Isso sim me mata de curiosidade... Ou pelo menos desperta ela, já que o Dr Google me garantiu que não posso morrer disso.
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