Saio sorrateira,
pela porta tantas vezes
aberta deixei.
Pé por pé,
giro a maçaneta,
dou aquela última olhada,
penso se bato, talvez assim você…
Não.
Eu já fiz muito barulho quando queria,
mas seus ouvidos,
surdos,
incapazes,
nunca escutaram.
Ou seu coração não entendeu,
seu medo dominou,
sua pressa faltou.
Tanto faz.
Agora eu saio silenciosa.
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