Esse é o problema das coisas ditas e não ditas... não se pode voltar atrás nas palavras e nem disfarçar os efeitos que elas causam. Algumas vezes de alegria, outras de tristeza e vezes que perfuram até as entranhas. Não se pode dizer e muito menos fingir que não foram pronunciadas.
O problema é que tudo que se diz carrega um acúmulo de coisas não ditas... um acúmulo de sentimentos não impressos e de vontades não expressas... eu não disse nem metade do que eu realmente tinha vontade. E sabe por que? Seria cruel demais da minha parte.
Quando eu disse “não te quero mais” eu quis na verdade dizer “larga tudo e vem pra mim”. Quando eu disse “quero ficar sozinha” isso não incluía ficar sem você. Quando digo “você não tem que viver na minha confusão” eu penso “tenho medo que você me abandone”.
Entre as coisas que digo e que faço tem um abismo. Porque eu sou assim. Confusa e perturbada, ainda mais quando se trata de você. Quando puxo conversa eu quero que você me de corda, mesmo que eu tenha dito que eu não quero mais. Eu sei. É difícil de entender. Eu falo uma coisa, faço outra e quero que você adivinhe a próxima jogada. E fico frustrada quando você faz o que eu falo e não o que eu penso.
Eu te afasto por medo. Medo de mim, medo de nós, medo do nada e do tudo que você significa. Eu te afasto pra me proteger. Pra te proteger e no final eu só nos magoo mais. E eu não entendo essa sua mania de obedecer tudo que eu digo. É tão difícil entender que te quero mais do que qualquer coisa?
Eu digo não querendo dizer sim. Eu digo vá querendo que você fique. Eu digo te odeio querendo dizer te amo. Nem eu entendo. Quando você está aqui eu quero que se vá e quando você se vai eu quero que você volte. E então eu fico sozinha, fechando os olhos para imaginar você voltando, ouvindo as mesmas músicas repetidas pra me lembrar de você, para te ouvir cantando e tudo que eu consigo pensar é que você vai voltar...
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