Gosto do teu sorriso quando ilumina a casa e deixa a noite estrelada. Gosto das tuas lágrimas que regam as flores e trazem esperança de vida. Gosto do teu olhar que me acaricia e reflete meus anseios. Gosto da tua voz que me embala pela dança da vida e traduz em palavras sentimentos. Gosto do teu beijo que me adoça a boca e me faz delirar. Gosto do teu cheiro que se mistura aos aromas naturais do mundo e exala orgulho de se ser o que é. Gosto do teu jeito que me alegra os dias e que seduz de longe. Gosto do teu sexo que me faz ver estrelas e até sussurrar.
Eu gosto porque gosto. Sem motivos, explicações ou respostas aparentes. Gosto porque vai além dos meus sentidos, dos meus anseios e desejos. Gosto assim. De uma forma simples e complexa que me permite sorrir, chorar, entender e ser feliz.
Não é tua presença que faz a diferença. É tua distância. Não é aqui ao meu lado. É de longe que percebo a falta que me fazes. E mesmo que o tempo, Senhor de Tudo, insista em tentar provar ao contrário é ele, sagaz e rápido, que me mostra que eu gosto porque gosto.
Se as vezes um segundo parece uma eternidade ao mesmo tempo uma década parece um suspiro. Foi ontem ou foi hoje? É agora ou amanhã. Não importa. Tanto faz. Eu gosto igual. Com a mesma forma, intensidade e calor. E se gosto porque gosto, gosto mais porque não me é permitido escolher. São coisas que vem do coração. Começam não sei como, vem não de onde e se instalam não sei porque. Apenas eu gosto porque gosto.
Assim é a história de nós dois. Sem perguntas ou respostas. Sem explicações ou enrolações. Sem mistérios ou dúvidas. Sem espaço ou brechas para a distância pois foi ela que sempre nos fortaleceu e ensinou. E se tudo pode o tempo, e se dele somos reféns, porque não. Eu gosto porque eu gosto. Simples assim. Franco assim. Mesmo que o segundo dure a eternidade e a década dure um suspiro.
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